Introdução
O ato de escrever é uma atividade que distingue o homem de todos os
outros animais. Quando criamos palavras, também criamos imagens e mexemos com
idéias, pensamentos e valores de muita gente.
As reações podem ser expressas por gestos e esses podem ser tanto
positivos como negativos. É importante lembrar que, sendo essa uma lei
universal, vale igualmente quando escrevemos para comprar ou vender alguma
coisa ou idéia. As palavras também são produtos que devem ser fabricados com
cuidado.
Quando escrevemos uma mensagem, com qualquer finalidade, devemos pensar
principalmente no destinatário ou receptor da mensagem. A resposta do receptor
ou destinatário depende muito do emissor ou remetente, daí a necessidade da
mensagem estar sempre bem formulada.
O significado das mesmas palavras pode ser muito diferente para cada
indivíduo ou grupo. E a resposta às mensagens terá a marca dessa diferença,
como se fosse uma impressão digital.
A palavra chuva, por exemplo, pode causar uma reação positiva ou
negativa de quem ouve ou lê. Um nordestino que sofre com a seca geralmente
considera a chuva como um presente divino. Nos morros do Rio de Janeiro, a
resposta certamente seria outra.
As palavras são capazes de despertar pensamentos, imagens e as mais
diversas emoções. Mas para isso é preciso saber dominá-las, e o melhor método
para conhecê-las é através da leitura.
Quando se escreve para vender qualquer idéia, produto ou serviço, o
essencial é dizer a verdade. Nunca minta para o seu público em qualquer ramo da
publicidade, mentir ou divulgar dados errados pode custar muito caro.
No nosso país, a publicidade enganosa é controlada pelo Conselho
Nacional de Auto-regulamentação Publicitária, o CONAR.
É importante lembrar que nunca se deve subestimar o seu público ou cliente,
tendo em vista que o nível médio de informação do consumidor em geral,
inclusive no Brasil, teve um aumento significativo. Houve também um aumento no
grau de exigência em relação aos produtos consumidos, em todas as faixas de
renda.
Não podemos deixar de dizer que a expansão dos meios de comunicação e
dos serviços de proteção ao consumidor, inclusive através da mídia, tornou os
compradores reais ou potenciais muito mais seletivos e exigentes.
No Brasil, mais de 80% da população tem acesso à televisão. Além disso,
os serviços de apoio ao consumidor, privados ou públicos, também se
multiplicaram.
Técnicas Básicas de Redação
Este capítulo expõe as instruções gerais e específicas indispensáveis à
preparação de uma boa redação. Como todo texto, a redação deve ter uma
introdução ao assunto, em seguida, faça o desenvolvimento de suas idéias e
finalmente chegue à conclusão ou desfecho.
É importante lembrar que se deve anotar tudo o que vier à cabeça à
medida que as idéias forem fluindo livremente. Depois, deve-se fazer uma
seleção, organizar as idéias e finalmente preparar um roteiro com os principais
pontos do que se pretende escrever.
Não podemos deixar de dizer que o texto da redação deve ser claro,
direto, preciso, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite demasiadas
intercalações ou ordens inversas desnecessárias.
Todo texto deve ter uma ordem direta que conduzirá o leitor à essência
deste de forma objetiva. Não dê atenção aos detalhes irrelevantes e vá
diretamente ao que interessa.
Para que a leitura seja mais fácil, os períodos devem ter no máximo duas
ou três linhas. Já os parágrafos devem ter em média de cinco a oito linhas.
Faz-se fundamental salientar que, para escrever um texto de maneira
original e criativa para formar frases fluentes, bem estruturadas e de fácil
assimilação, basta utilizar palavras conhecidas por todos. É bom lembrar que um
texto simples não implica, necessariamente, a repetição de formas e frases
desgastadas.
Aconselhamos o não uso dos rebuscamentos, dos termos técnicos evitáveis,
da erudição e dos pedantismos vocabulares. Além disso, deve-se evitar também o
jargão, o coloquialismo, a retórica e o hermetismo.
Jamais inicie os períodos ou parágrafos seguido, com a mesma palavra e
nem repita a mesma estrutura de frase.
Para uma melhor compreensão do texto, apenas use os termos técnicos
essenciais, ou seja, aquelas estruturas que não podem ser substituídas. Todavia
é fundamental que nesses casos se coloque o significado entre parênteses.
Uma outra característica na montagem de um texto é nunca perder o
universo vocabular do leitor, ou seja, jamais escreva o que você não diria.
Um outro aspecto a considerar é a inclusão de palavras ou expressões de
valor absoluto ou muito enfático, tais como certos adjetivos, superlativos e
verbos. Deve-se ter uma especial atenção também com os termos coloquiais ou de
gíria, estes apenas podendo ser usados em casos muito especiais.
As palavras que irão formar o texto devem ser cuidadosamente
selecionadas. Deve-se sempre desconfiar de sinônimos perfeitos ou de
determinados termos que possam ser utilizados para todas as ocasiões.
Normalmente há uma palavra que define uma situação.
Faça o encadeamento dos leads de maneira harmoniosa com os parágrafos
seguintes. Quando um parágrafo não está conectado com o seguinte, ele se torna
difícil de acompanhar e chato de se ler.
Para finalizar sugerimos após terminada a redação dos textos, a leitura
silenciosa de todo o texto, corrigindo-o e fazendo as alterações necessárias.
Correspondência Comercial
Desde os tempos medievais a correspondência comercial é uma das grandes
alavancas do capitalismo.
Tal como hoje, a competição era acirrada e ganhava o mais bem informado
sobre a política, a guerra, a paz e os negócios.
Todavia a revolução nas comunicações neste século, apesar de ter
facilitado a vida das empresas e dos usuários de produtos e serviços, não mudou
a necessidade de informar e ser informado. Na verdade essa necessidade aumentou
junto com o crescimento dos negócios e da competição.
Uma carta comercial bem feita, além de ser um convite para uma leitura,
também é uma vitrine para a empresa no mundo dos negócios.
Em uma carta comercial é importante incluir as seguintes
características:
· ortografia e pontuação devem estar corretas
· objetividade
· um assunto por parágrafo
· sem gírias e palavras complicadas
· sem rasura
· com cópias para arquivo
· timbre ou cabeçalhos
· data à direita, abaixo do timbre
· destinatário à esquerda, com nome e endereço
· linha de atenção
· saudação abaixo do destinatário, à esquerda
· texto
· despedida
· assinatura
A sua carta não deve ser nem tão grande e nem tão pequena. Além de
suprir com as informações necessárias, a carta comercial deve conter todos os
pontos necessários em uma seqüência lógica, com cada idéia ou parte de informações
ligadas. Não fuja da idéia principal.
Uma carta comercial longa demais pode confundir o cliente e passar a
imagem de falta de planejamento na sua empresa. Por outro lado, uma carta não é
um telegrama, precisa conter todas as informações necessárias a cada cliente.
É importante lembrar que a carta deve ser tão longa quanto o necessário,
e irá depender do assunto que estiver sendo mencionado. Pode ser um assunto
simples, como um agradecimento a um cliente, ou um assunto complicado,
explicando como um grupo de seguro executa o seu trabalho. A questão é usar
somente a quantidade de informação que for necessária.
Uma carta pode ser planejada em quatro ou cinco parágrafos. Por exemplo:
no primeiro parágrafo, acuse e agradeça brevemente o recebimento da carta do
cliente. No segundo parágrafo, apresente o catálogo anexo e a indispensável
lista de preços.
Já no terceiro parágrafo, ajude o cliente a escolher, destacando
produtos de acordo com o seu perfil. No quarto parágrafo, faça uma breve menção
às garantias do seu produto e à reputação da sua empresa. Por fim, antes da
saudação de despedida, estimule o cliente a manter futuros contatos.
De um modo geral, toda carta comercial deve se basear nos seguintes
pontos:
· simplicidade: não complique a sua mensagem
· cortesia: seja cortês, mesmo para cobrar uma conta
· tom neutro: não use frase pomposas nem expressões vulgares
· clareza: quem recebe sua mensagem deve entendê-la de imediato
· correção: escreva corretamente e faça uma revisão do seu texto
· ordenação: mantenha uma ordem lógica de idéias e propostas na
seqüência de sua carta
Geralmente, a correspondência comercial ainda sofre do estilo antiquado,
o que só complica o entendimento da mensagem e passa ao leitor a sensação de
estar lendo uma linguagem que ele não entende.
Não podemos deixar de dizer que erros de pontuação e gramática devem ser
checados atentamente para que não causem uma má impressão ao seu leitor.
Correspondência Empresarial
A correspondência empresarial é caracterizada pela correspondência
interna e externa de uma empresa, tendo por finalidade documentar situações da
empresa, estabelecer relações entre pessoas e organizações e promover a imagem
das mesmas.
O estilo da correspondência é que irá refletir a
"personalidade" do texto. Por isso, precisamos produzir textos que
reflitam a real imagem da nossa organização, valorizando-a perante os nossos
leitores.
Na correspondência empresarial é preciso tomar várias decisões para
escrever um texto ou orientar alguém a escrevê-lo. Essas decisões variam em
cada caso. Para decidir, é preciso pensar, em primeiro lugar, no receptor ou
destinatário da correspondência. As palavras, os exemplos e as ilustrações que
você vai escolher dependem disso.
É importante lembrar que não se deve usar palavras nem citar fatos que
possam causar rejeição no cliente. Também não é recomendável iniciar um texto
de carta empresarial com uma negativa do tipo "não podemos" ou
"lamentamos informar".
Mesmo sendo necessário negar ou questionar alguma coisa, procure e
ofereça alternativas. Seja positivo em tudo o que for dizer.
Escolha as palavras com sentido afirmativo, com isso você amplia as
chaves de manter o contato com o receptor ou destinatário, cliente, fornecedor
ou grupo influente na sua área de atuação.
Sabemos que para realizar um negócio é preciso que os parceiros estejam
interessados. Não podemos agir como se os outros não existissem, o mesmo se
aplica à correspondência empresarial. É importante lembrar que neste campo,
qualquer tentativa de imposição é fracasso garantido.
Dentre as características básicas do texto deve constar clareza e
objetividade, evitando que o leitor seja obrigado a estudá-lo repetidas vezes
para entender o que se está falando. Para obter clareza e objetividade, basta
seguir duas normas básicas:
· use palavras simples que o seu leitor conheça. Os termos genéricos
servem apenas para obscurecer sua redação. As frases curtas e específicas
tornam clara e objetiva sua redação.
· associe qualquer idéia com a experiência do seu alvo, o leitor. Ele compreenderá
melhor se puder relacioná-la a algo que lhe seja familiar.
É importante lembrar que a clareza ao pensar e escrever é fundamental.
Numa conversa oral, uma frase dúbia ou confusa pode ser facilmente esclarecida.
O mesmo não acontece com uma carta. A única maneira de fazer suas idéias
fluírem com suavidade é associá-las com lógica. Comece com uma idéia principal.
A seguir, use a próxima e assim por diante.
Existem algumas características negativas que são verdadeiras armadilhas
e devem ser evitadas nos textos. Dentre elas podemos citar: ambigüidade
(duplicidade de sentido), cacófato (duas palavras se unem formando um mesmo
som), redundância (insistir demais sobre o mesmo assunto), arcaísmo (palavras
fora de uso), má colocação das palavras, prolixidade (linguagem exótica, de
difícil compreensão, que não comunica nada), pleonasmo (repetição desnecessária
de algo), acúmulo de pormenores, clichês (emprego de frase comuns,
"pré-fabricadas"), modismo (palavras que entram em moda e são
repetidas sem pensar) e chavões como: "Venho por meio desta ...",
"Venho pela presente...", "Outrossim ...", "Sem mais
para o momento ...", "Aproveitamos o ensejo ..." Antecipadamente
gratos", dentre outros.
Não podemos deixar de dizer que na redação empresarial é preciso ter em
mente que: o que é bom para literatura quase sempre não é bom para a empresa.
Estilo exagerado, linguajar rebuscado, excesso de expressões somente prejudicam
a linguagem administrativa.
Faz-se fundamental salientar que ao tratarmos da correspondência empresarial
temos que considerar dois aspectos básicos: o Texto e a sua Programação Visual.
Em relação ao texto, a grande chave para a comunicação empresarial
escrita está em:
· usar frases curtas: num texto empresarial, uma frase deve ter no
máximo 22 palavras.
· usar ordem direta e simples: não se deixe levar por frases rebuscadas
quando estiver usando construções simples e de maneira direta. Assim, você
evitará erros de ortografia e de concordância.
· ter sempre ao seu lado: um excelente dicionário e uma boa gramática,
de fácil consulta. Separe as maiores dificuldades e deixe-as sempre à mão para
consultas rápidas.
Já em relação à programação visual, pode-se dizer que é responsável pela
aparência do texto e os recursos não-verbais que utilizamos para conquistar o
leitor. É, ainda, uma estratégia para o marketing e a administração do tempo
empresarial.
Para tornar a leitura o mais agradável possível, deve-se evitar o
excesso de informação, palavras ou parágrafos em uma única página.
É importante que o nome do destinatário, referência ou assunto do que
trata a carta sejam facilmente localizados pelo leitor.
Se você for usar um editor de texto eletrônico, procure utilizar os
modelos e os formatos já disponíveis. Se este não for o caso, deve-se
certificar de dar espaços razoáveis entre as palavras e as linhas.
Correspondência Interna
Na correspondência externa é fundamental uma maior ênfase na programação
visual. São poucas as organizações brasileiras que atentam para a importância
de tais aspectos. Todavia é inadmissível que as empresas continuem ignorando
esta forma de valorizar suas instituições como um todo.
Antigamente, usava-se a palavra estética para denominar o visual dos
textos. Trata-se de um termo em desuso que já foi substituído por programação
visual do texto.
Vamos analisar os diversos erros da carta modelo:
· de acordo com a leitura dinâmica, se gasta o dobro do tempo para ler
um texto cujas palavras tenham suas sílabas separadas no final das linhas e que
contenham parágrafos no meio da página.
Com isso em uma programação visual atualizada não se faz o tipo de
parágrafo padrão. Usa-se o chamado estilo blocado, no qual o texto é alinhado
na margem esquerda e o que separa um parágrafo do outro é o espaço entre eles.
A margem direita pode ter dois estilos:
· a margem fixa, onde se finaliza
todas as linhas do mesmo espaço. Neste caso, a margem deve ser feita com as
próprias palavras, sendo que em nenhuma hipótese admite-se a utilização de
sinais gráficos para compor a margem.
· margem solta, que é a ideal para facilitar o entendimento do texto.
Nela você estabelece um limite máximo para terminar as frases, sem necessidade
de seguir um alinhamento.
· em relação aos espaçamentos a serem utilizados, esses dependeram do
tamanho do texto que você escreverá. Considerando um texto de tamanho normal,
podemos admitir os seguintes espaços:
- entre linhas: espaço um ou um e meio;
- entre parágrafos: espaço dois ou três;
- entre a data, destinatários, invocação e referência: três espaços;
- entre referência e início do texto: três espaços;
- entre final do texto e despedida: dois espaços;
- entre despedida e nome do assinante: quatro espaços.
Você poderá modificar esta sugestão conforme o tamanho do seu texto e do
papel utilizado. É importante que o texto tenha uma aparência agradável, de
fácil leitura e compreensão.
· caso você envie anexos, cite-os após a assinatura, desde que já não o
tenha feito no próprio texto da carta.
· para um melhor controle das correspondências, follow-up, arquivo, etc;
deve-se fazer a numeração das cartas, sendo a primeira coisa que aparece no
texto.
Faça uma numeração simples, seqüencial, iniciando no primeiro dia útil
de cada ano.
· no logotipo do papel da empresa existe o endereço e a localização da
mesma. Portanto, é totalmente desnecessário repetir-se no corpo da carta o
local onde nos encontramos.
· jamais se coloca um zero à esquerda de outro número na data da carta.
Isso significa uma descortesia ao leitor, uma vez que este zero nada mais é do
que uma segurança nossa para que não ocorra modificação. Como o seu controle é
feito por protocolo, correio, etc, ninguém poderá modificar esta carta.
· em português, os nomes dos meses são escritos sempre em letras
minúsculas.
· se a carta é em atenção a alguém, tal indicação deve aparecer
imediatamente após o nome da empresa. A forma de se colocar tal indicação varia
entre os diversos autores: para alguns deve-se usar a palavra
"atenção" e em seguida o nome da pessoa. Para outros, a própria
indicação de um nome já deixa subentendido que a correspondência está para a
sua atenção. Formalmente, os dois casos estão corretos. Você pode escolher o
uso com que mais se identificar.
É importante lembrar que caso a pessoa não tenha um título específico
(doutor, professor, engenheiro, arquiteto, etc.), usamos o pronome de
tratamento "senhor/senhora" como seu título.
· o vocativo é a parte da carta na qual cumprimentamos o nosso leitor, o
que fazemos por meio da expressão "prezado senhor" no singular ou no
plural.
A expressão mais íntima na correspondência empresarial é esta:
"prezado senhor". Já se for a primeira vez que escrevemos a alguém,
utilizamos apenas "senhor".
Existe uma tendência em algumas escolas em eliminar-se o "prezado
senhor" por considerá-lo um chavão. Todavia, não deixa de ser mais uma
gentileza, um cumprimento ao nosso destinatário.
No caso de já conhecermos o nosso destinatário e se a carta estiver no
singular, poderemos adotar: "Prezado Sr.(nome)".
Ao endereçar uma carta à empresa, todo texto irá no plural, mesmo que
exista algum responsável pelo assunto.
Já se a carta for dirigida a uma pessoa, em seu endereço profissional, o
texto será no singular.
· a "referência" colocada nas cartas tem por finalidade
apresentar ao nosso leitor o assunto que será mencionado na carta, servindo
ainda para localização em arquivo.
Para se identificar a referência não se escreve REFERÊNCIA, REF.N/REF.,
ASSUNTO. Escreve-se o tema da referência em letra minúscula e destaca-se em
negrito, sombreado ou tipo de impressão diferente.
O título usado como referência deve ser objetivo e traduzir exatamente o
assunto a ser tratado. Em geral usa-se a referência quando há um documento em
questão, como uma nota fiscal, fatura, cheque, etc.
· Numa correspondência empresarial, nunca se escreve números ou valores
de duas formas. Trata-se de profunda descortesia com o leitor, já que você está
partindo do princípio de que ele não entende de números nem de valores ou, pior
ainda, que poderá modificar sua informação. Tal uso é adotado na
correspondência oficial e na bancária.
· a despedida da carta comercial deve ser feita com os termos
"atenciosamente" ou "atentamente". O termo
"cordialmente" é utilizado somente num assunto mais informal,
convites e agradecimentos.
· no lado esquerdo da carta deve constar a assinatura. Todavia caso a
pessoa a assinar não consiga se habituar com tal procedimento, pode-se deixar a
despedida e a assinatura do lado direito, sem prejuízo para a programação
visual.
· o nome da pessoa que vai assinar a carta e o seu cargo são escritos
com letra minúscula, com exceção da primeira letra de cada nome, evidentemente.
Correspondência Interna
Nas empresas, as correspondências internas circulam basicamente por
meios de memorandos ou notas internas ou comunicações internas.
Sua finalidade tem como principal objetivo evitar que falhas nas
comunicações verbais causem outros tipos de problemas.
Baseado nisso, podemos afirmar que toda correspondência interna deve ser
objetiva, sucinta, condensada e mais resumida do que qualquer outra. Toda
comunicação informal do relacionamento diário é feita verbalmente. Portanto, na
comunicação escrita interna devemos nos deter no estritamente necessário.
O impresso padrão para comunicação interna é o que diz: DE/PARA. Neste
deve estar explícitos a área de atuação emitente e receptora e o nome da pessoa
que envia e recebe a comunicação naquela área. Com exceção das siglas, tudo
deve ser escrito em letra minúscula.
A data seguirá o mesmo padrão da correspondência externa, ou seja, sem
colocar o nome do local pois todos já sabem onde estão. Na correspondência
interna, a data pode ser escrita apenas com números: 30.07.77.
Em relação ao texto, este deve ser o mais resumido possível, sem nenhum
tipo de chavão. Não se utilizando expressões como "cordialmente",
"atenciosamente", "atentamente". A forma mais indicada é
"grato".
Não há necessidade de se repetir o nome na assinatura, tendo em vista
que o nome da pessoa que está enviando a comunicação já se encontra no
cabeçalho da mesma, salvo casos especiais. É importante lembrar que não se
utiliza carimbo em comunicações internas.
Entre as comunicações internas podemos destacar: os memorandos, as atas
de reuniões e as circulares.
Os memorandos são as correspondências internas padrão.
Já as atas de reuniões, assim como as correspondências empresariais,
devem ser objetivas, concisas e claras. Evitando palavras desnecessárias. O
texto da ata deve conter apenas as decisões e as responsabilidades de cada
pessoa presente.
A relação das pessoas presentes nas atas deve aparecer: em ordem
alfabética, pelo nome que são tratadas na empresa, ou em ordem hierárquica,
usando-se, também, o nome de que são tratados na empresa. Faz-se fundamental
salientar que a ata será objeto de follow-up e acompanhamento por parte do seu
gerente.
Por outro lado, as circulares são utilizadas como uma comunicação
unilateral, interna nas empresas. A circular tem por objetivo transmitir
ordens, determinações, novos procedimentos, anunciar datas e eventos, promover
serviços e produtos. Destina-se a várias pessoas ou a áreas de atuação e não
exige resposta dos destinatários.
Correspondência em Marketing Direto
O marketing direto é utilizado em todos os ramos de atividade. No
comércio, na indústria e em serviços. Tanto para consumidor final quanto para
negócios entre empresas. Existem ramos que têm mais tradição no uso do
marketing direto, como a venda direta de produtos e serviços ao consumidor.
Mas, nos últimos anos, está havendo uma grande expansão do uso do marketing
direto em todas as demais áreas.
A alma do marketing direto é a
mensagem promocional. Na organização do texto da mensagem, deve-se nortear por
dois pontos fundamentais: o estudo do perfil do destinatário e o plano da
mensagem.
O sucesso da criação mede a
eficácia da ação psicológica da mensagem. Por sua vez, a ação psicológica é a
articulação dos componentes que efetivamente derrubam os obstáculos já
descritos. São eles:
· Atrair a atenção
· Despertar o interesse
· Provocar o desejo
· Conquistar a confiança
· Promover a ação
A função do título é atrair a atenção,
induzindo a leitura do texto. Essa função deve ser desempenhada rapidamente e
com o máximo de ímpeto, pois, em média, apenas o título é cinco vezes maior do
que as que lêem o corpo do texto.
O título direto seleciona o
leitor, informa sobre o produto, expõe uma vantagem e promete um benefício. O
indireto provoca curiosidade, promete a solução de uma dificuldade, desperta o
interesse pela leitura do texto. Ambos são utilizados com a mesma intensidade
para captar os leitores e interessados potenciais no produto oferecido. Não se
deve deixar de dizer nada no título que corra risco de excluir quaisquer
leitores que possam se interessar pelo produto.
A promessa central deve estar
inserida no título, mesmo que seja longo. Pesquisas revelam que títulos de dez
ou mais palavras, contendo dados noticiosos ou informativos, vendem mais
mercadorias que títulos curtos.
Não existem cabeçalhos ou chavões
infalíveis. O que existe são palavras consagradas pela prática do marketing
direto, tais como: agora, como, novo, qual, grátis, afinal etc.
Depois de se conquistar a atenção
do destinatário, na mensagem deve-se oferecer algo que desperte interesse para
que o leitor continue a leitura. Na determinação do tema e na maneira de
apresentá-lo e desenvolvê-lo está o ponto de partida para a redação do texto.
O tema indica o que se deve dizer
e como dizê-lo, de forma direta ou indireta e se em linguagem racional ou
emotiva. O texto visa a um fim prático: vender o produto.
O texto emotivo dirige-se ao
conteúdo afetivo, emocional, atuando principalmente por sugestão. Em vez de
falar objetivamente da mercadoria, salienta seus efeitos.
A forma racional adapta-se melhor
ao tema direto, a emotiva ao indireto. Em geral, as duas são usadas em conjunto
pela predominância de um deles.
O tema direto e a forma racional
são mais aconselháveis se o produto é de uso corrente e é uma necessidade
imprescindível ao consumidor, se tem em si mesmo fortes argumentos de venda,
diretos e objetivos, como é o caso das revistas.
Convencer somente não basta. Como
uma das grandes tendências do ser humano é deixar sempre as coisas para o dia
seguinte, é necessário fazer algo para combater a inércia mental, convidando-o
à ação. Sob este aspecto é que se dá a grande vantagem do marketing direto, pois
o cupom resposta está ali, ao alcance do consumidor. Um dos fatores mais
importantes no marketing direto é a oferta, combinação de tudo que faz o
cliente partir para a ação: preço, qualidades do produto, benefícios, períodos
de experiência, garantias, testemunhos etc.
Dentre as várias combinações
utilizadas para tornar a oferta interessante estão: o brinde grátis, um prazo
de experiência sem compromisso, a garantia de devolução do dinheiro se o
produto não agradar, concursos com sorteios, etc.
Além destes cinco pontos básicos,
a mensagem deve apresentar características tais como:
· Clareza
· Simplicidade
· Concisão
· Brevidade
Deverá haver perfeita ordenação
de palavras nas frases, para que o pensamento de quem escreve seja transmitido
claramente ao leitor, evitando superlativos, generalizações e lugares comuns.
O estilo literário desvia a
atenção do assunto. O texto deve ser escrito na linguagem que o público usa na
conversa diária, com palavras curtas, parágrafos curtos e de maneira altamente
pessoal.
O tamanho do texto depende do
produto. É uma medida de equilíbrio dizer o que se pretende com o menor número
de palavras sem prejudicar o texto. Por outro lado, se o produto tem muitas
qualidades diferentes a recomendá-lo, deve-se escrever um texto longo, pois,
quanto mais tiver a dizer, mais venderá. Há uma crença falsa de que as pessoas
não lêem textos longos. Ao contrário, cada texto deve ser uma conversa de venda
completa do produto, pois a chance de sucesso cresce com o número de fatos
comunicados sobre a mercadoria.
Nesta ordem de idéia, uma
mensagem com três páginas pode ser breve e outra com dois parágrafos pode ser
longa.
A melhor maneira de redigir uma
mensagem é a de colocar-se na posição de quem vai receber e ler essa mensagem,
dizendo o que interessa ao destinatário e não à empresa.
Devem ser evitadas palavras
desagradáveis como: eu, nós, nossos, meu, o meu, para nós, etc. Quando pronomes
pessoais são utilizados, há a conotação de que o leitor está sendo relegado a
um segundo plano. É a demonstração de superioridade da organização, totalmente
negativa do ponto de vista do leitor. Portanto, é recomendável o uso de
expressões como "seu", "sua", "o senhor",
voltadas para o interesse do destinatário.
Estímulos a comparações
desagradáveis e desnecessárias devem ser evitados, mostrando apenas as
vantagens dos produtos e serviços oferecidos, sem atacar ou menosprezar a
concorrência.
Não se deixe levar pela falsa
premissa de que brasileiro não gosta de ler, aquele cliente que realmente está
interessado em fazer um pedido lê tudo e, ainda muitas vezes, liga para obter
mais detalhes. Quem não lê é quem não está interessado, lê superficialmente e
coloca o material de lado.
A verdade deve ser dita sem
exageros e afetações, mas com entusiasmo, pois marketing direto é um negócio
feito em confiança.
A mala direta está dividida em
carta, folheto e cartão-resposta. Mas o envelope não deve ser esquecido. É
feito para ser aberto, devendo se destacar do restante da correspondência. Se
não for pego depois de uma observação que dura exatamente cinco segundos, vai
para a cesta de lixo. O tratamento dado ao envelope é o de atenção, pois deve
ser pego e aberto.
A carta deve ser escrita em tipo
de máquina, pois cartas não são compostas de maneira a parecer o mais pessoal
possível. O tipo deve ser grande e claro. O papel deve ser de qualidade se
dirigido a grupos profissionais. Deve chamar atenção para o nome do produto,
suas características, seu formato, aspectos técnicos de fabricação, acabamento,
cores e matéria-prima utilizada. O que se está vendendo são os benefícios que o
produto traz. Nas revistas, são os fatos e dados, a informação, a vantagem em
se saber os assuntos e o progresso pessoal. Além da economia de tempo e
dinheiro, de se aprender algo novo, de aprimorar seus conhecimentos etc. Enfim,
dar informações, contar novidades e familiarizar o cliente com o produto do
qual ele próprio possa ser um vendedor.
Correspondência na Internet
Todo executivo bem informado conhece o potencial da Internet como estimuladora
de negócios. A rede mundial de computadores possibilita que a empresa se ligue
diretamente a fornecedores, clientes e consumidores no mundo todo. Através dela
é possível receber e fornecer informação. Também é possível vender, comprar,
divulgar e atender, tendo isso de forma direta e instantânea, utilizando
infra-estrutura universal e acessível.
Num modelo de economia de espectro mundial, com ênfase na integração
regional, a busca e a análise da informação passam a ter papel estratégico para
negócios, pois, a partir daí, é que vão surgir as definições para novos
produtos, novos mercados consumidores, novos serviços e principalmente o
desenho de estratégias comerciais.
Também no aspecto pessoal, a Internet tem relevante papel. Através dela,
é possível a atualização de informações e a ampliação do conhecimento de forma
dinâmica, desenvolvendo pessoas na organização. O ato de "navegar"
pode constituir-se num excelente meio de apropriação de informação.
A Internet possibilita, com sua estrutura, facilidades na busca e
seleção de informação, servindo-se o usuário para tal, dos chamados
"bancos de dados" ou "mecanismos de busca", que lhe
permitem acessar, seletivamente, a informação desejada.
Um outro aspecto importante é a possibilidade de uma nova forma de
acesso às empresas, permitindo consultas sobre produtos, preços e informações
técnicas, podendo ampliar o alcance de negócios.
Como mídia, a Internet já assegurou a sua posição. Através das imagens
dos seus sites, grandes corporações disponibilizam num out-door, 24 horas por
dia, durante todo o ano, seus produtos, serviços ou oportunidades de negócios,
além de assegurar uma presença institucional em alcance mundial, que pode ser
vista na língua local ou em vários idiomas, conforme o desenho digital do site,
permitindo ao usuário ou a empresa conhecer melhor seus clientes e até seus
concorrentes.
Daí a necessidade de se ter uma apresentação de forma clara e objetiva.
Tendo em vista tamanha diversificação em termos de imagens e cores, para que o
seu texto tenha a devida atenção, também, é preciso uma linguagem que não seja
rebuscada e de difícil compreensão.
As novas estratégias de negócios empregam o conceito de "agir
localmente e pensar globalmente", ou seja, ampliar o potencial para
colocar produtos ou serviços para novos consumidores e mercados e isso
significa, cada vez mais, usar a informação globalizada.
É importante lembrar que a Internet é um novo modelo de ação para
diversas atividades empresariais e pessoais. Os debates eletrônicos na rede
chegam a milhares de grupos. Dentre esses estão assuntos ligados ao comércio, à
indústria, à tecnologia, ao ensino, à gestão de recursos humanos, à qualidade
total, à astronomia, à física, enfim, a quase tudo.
As listas de discussão como são conhecidas, aproximam pessoas e
interesses. A Internet ainda é um modelo com muito a ser explorado. As
teleconferências com transmissão de imagens, passando pela conversação
telefônica via web, possibilitam que pessoas com tarifas de chamadas locais
acessem outros países.
O webmarketing, hoje, define as
técnicas voltadas para o uso da Internet, numa área relevante para as empresas.
A década de 80, que redefiniu estruturas internas e novos papéis para o
trabalho, tem agora segmento na de 90 com uma nova preocupação das organizações:
vender mais produtos e/ou serviços. Já não basta redução de custos ou
enxugamento da folha, o momento exige mais negócios.
A Internet pode ser trabalhada de diversas formas para negócios. Uma
busca sobre um país, sua cultura, sua economia, suas cidades pode representar o
início de um processo de vendas para produtos que ainda não estão disponíveis
ali. Pesquisas indiretas podem ser realizadas via web, avaliando vantagens e
desvantagens de atuação naquele país ou região. A web pode funcionar como um precursor
de negócios, um meio de "chegar" sem estar lá.
No que tange a sites empresariais, a web é uma mídia diferenciada que,
pelo seu custo de implantação e manutenção, possibilita que empresas de
variados perfis possam se utilizar dela. A mais modesta organização pode estar
na Internet, ao lado de sua maior concorrente. Promoções, lançamentos de
produtos, atendimento aos clientes, são algumas das ações que podem ser
desenvolvidas num site.
É preciso que os textos inseridos nos sites puxem a atenção dos "navegadores".
E isso é possível com as definições dos assuntos por parágrafo, a objetividade,
ortografia e pontuação devidamente corretas, sem gírias e palavras de difícil
compreensão.
Ingressar no mundo da informação virtual será um caminho para as organizações
e pessoas que queiram buscar vantagens estratégicas. A Internet será o marco
entre a sobrevivência e a extinção de quem não souber avaliá-la e utilizá-la,
gerenciando informações e agregando valor ao seu negócio.
DICAS PARA UTILIZAÇÃO DO CORREIO ELETRÔNICO
Correio eletrônico é a forma
de comunicação através das redes globais ou locais de informação. Com a
disseminação da microinformática, esta forma de comunicação vem ganhando cada
vez mais espaço. Apesar de seguir as principais regras básicas de redação, este
tipo de mensagem possui algumas características que devem ser observadas:
- Os dados necessários são nome do destinatário, endereço eletrônico e a
referência ao tema da mensagem ("subject"). Obs.: o nome e endereço
eletrônico do remetente serão enviados automaticamente pelo programa usado.
- Ao contrário dos telegramas, as mensagens eletrônicas aceitam a
pontuação normal e a diferenciação entre maiúsculas e minúsculas. Entretanto, o
uso de acentos, sinais gráficos e "Ç" deve ser evitado.
- Não envie mensagens usando apenas letras minúsculas, e principalmente,
maiúsculas. Letras maiúsculas indicam uma grande ênfase ao que está escrito. Se
a intenção for apenas chamar a atenção, você pode usar o caractere de
sublinhado ou o asterisco, colocando-os no início e no fim da palavra (como as
aspas).
- Para melhor visualização, o ideal é que se pule uma linha entre um
parágrafo e outro.
- Para evitar confusão entre palavras com a mesma grafia, significado
diferente e acento agudo na última letra, pode-se acrescentar a letra H para
simbolizar o acento (exemplo: "poderá" fica representado por
"poderah")
- Ao determinar a referência (subject) da mensagem, procure ser claro e
conciso, fazendo alusão direta ao tema mais importante de sua carta.
- Ao enviar uma mensagem resposta (um "reply"), repita no
"subject" o título da mensagem original, adicionando "Re:"
em sua frente. Obs.: A maioria dos programas atuais fazem isso automaticamente.
- Ao responder uma mensagem, e for necessário repetir partes da mensagem
original, não inclua toda esta no seu texto de resposta. Corte o desnecessário,
mantendo apenas o suficiente para indicar o que você está respondendo.
- Evite os arquivos anexos (os "attachments"). É comum
usuários de e-mail terem uma capacidade limite de estocagem no provedor, e
arquivos enviados fora do corpo da mensagem, se não forem essenciais, podem
ocupar toda a capacidade de armazenamento e evitar a chegada de novas
mensagens.
Administração
do Tempo
A melhoria de produtividade é, hoje, uma meta essencial a ser perseguida
em qualquer atividade produtiva, tanto pelo seu alcance econômico - porque dela
resulta redução de custos - como do ponto de vista social - pelos reflexos
sobre a remuneração dos assalariados.
Esta melhoria deve ser buscada em todos os níveis de uma organização,
tanto no nível de produção propriamente dito - onde predominam os fatores
mão-de-obra mais ou menos qualificada e maquinaria - como no nível de gerência,
onde se situa a mão-de-obra, não só mais cara, mas também da qual dependem
decisões vitais para todo o processo.
Infelizmente, porém, nossa origem sócio-cultural, baseada até uma
geração atrás em atividades predominantemente rurais, não desenvolveu na nossa
sociedade a consciência da importância da eficiência gerencial.
Todavia, o mundo globalizado em que estamos ingressando não comporta
mais a administração contemplativa. O homem que dirige, não só enfrenta
administrações cada vez mais complexas, como recaem sobre ele, a cada dia,
maiores responsabilidades, com o agravante de contar com prazos de decisões
cada vez mais apertados, resultantes da dinâmica comercial moderna.
É importante lembrar que uma das
chaves do controle do tempo é fixar prioridades para as tarefas. As mais
importantes são aquelas que produzem mais e melhores resultados para a empresa.
A tentativa de espremer uma massa crescente de tarefas no nosso limitado
tempo diário não pode dar bons resultados. Por isso, é necessário fixar as
prioridades e organizar cada conjunto de tarefas.
Um dos princípios básicos de organização de tarefas para melhorar a
administração do tempo é agrupar as tarefas ao longo do dia, em vez de
dispersá-las. Fazendo esse procedimento, evita-se perdas de tempo,
proporcionando uma jornada de trabalho muito mais proveitosa.
Não podemos deixar de recomendar que se tenha o hábito de preparar ou
ler as correspondências sempre na mesma hora do dia. Isto cria hábito, ajuda na
organização e evita o stress.
Uma das formas de melhor se administrar a correspondência é dividi-la em
duas classes de prioridades: as correspondências de rotina e as especiais.
As cartas de rotina devem ficar prontas no seu computador e você pode
delegar a responsabilidade a sua secretária ou a um auxiliar. Em geral, só é
preciso trocar nomes, datas e prazos.
Já as correspondências especiais devem ser separadas por ordem de
importância. Elas devem ser selecionadas de acordo com a urgência.
REGRAS
BÁSICAS DA LINGUA PORTUGUESA
PONTUAÇÃO
A
pontuação é altamente importante para a fluência do texto, porque marca o ritmo
das pausas. Mas é interessante notar que o uso dos sinais de pontuação
constituem traços pessoais de quem escreve. Isso, no entanto, não impede a
observação de algumas normas:
PONTO
Utiliza-se
o ponto nas abreviaturas (V. Exa., Sr., V.Sa.) e para demonstrar que se chegou
ao final de um período.
DOIS PONTOS
São
empregados basicamente em três ocasiões:
1.
Quando desejamos fazer uma enumeração.
Ex: Os motivos são os seguintes: fome, medo e dor
2. Quando se pretende esclarecer algo.
Ex: A
questão seria decisiva: total impossibilidade.
3.
Anteriormente a uma citação.
Ex:
Disse a vítima: nada poderia ter sido evitado.
VÍRGULA
A vírgula é utilizada em diversas situações:
1. Em
caso de enumerações, a vírgula serve para separar termos de valor correspondente
na oração.
Ex: Bois, cães, gatos, porcos, são animais próximos do
homem.
2. Quando queremos demonstrar que um verbo foi
suprimido também utilizamos a vírgula.
Ex: Uns esperam a vida, e outros, a morte
3. A vírgula é usada para separar o aposto.
Ex: O
leão, reis dos animais, acabou desmoralizado.
4.
Usa-se a vírgula para separar adjuntos adverbiais, quando eles estão iniciando
oração.
Ex:
Atingido o tempo, dispersam-se os candidatos.
5. A vírgula serve para separar algumas conjunções tais
como: porém, entretanto, pois, logo etc.
Ex:
Estamos, pois, de acordo.
6. As orações intercaladas também são separadas com o
auxilio da vírgula.
Ex:
Espere, falou o médico, o momento exato.
PONTO E VÍRGULA
Casos
em que se usa ponto e vírgula.
1. Para separar séries, cujos termos são separados por
vírgula.
Ex:
Mares, rios, lagoas; plantas, animais, insetos; ar, terra e fogo.
2.
Quando queremos separar partes de um mesmo período, quando elas equivalerem em
importância.
Ex: As
crianças brincam; os animais repousam; os adultos trabalham; todos se dedicam a
alguma coisa.
3.
Para se separar itens de uma lei ou decreto.
Ex: Os
documentos necessários são:
I -
carteira profissional;
II -
título eleitoral; e
III -
diploma de conclusão.
OUTROS SINAIS DE PONTUACÃO
1.Ponto
de Interrogação - usamos em frases interrogativas.
Ex:
Onde está a mercadoria?
2.Ponto
de Exclamação - usa-se para expressar impulsos emotivos tais como espanto,
raiva, admiração, alegria etc.
Ex: Nossa!, Atenção!, Não diga!
3.Travessão
- é usado antes das falas num diálogo.
Ex: -
Olá! Como vai? - Bem, e você?
4.Reticências
- quando desejamos deixar o final de uma oração em aberto, o que normalmente
ocorre por ironia e por antífrase.
Ex.: Eu não queria dizer, mas...
5.
Aspas - utiliza-se para limitar uma citação dentro de um texto.
Ex.:
"Oh! Deus onipotente" repetiu o padre.
OBS:
Com esse ato, deve ter "assegurado" o paraíso.
APÓSTROFO E HÍFEN
Esses
dois elementos não são exatamente sinais de pontuação, porque se aplicam a
vocábulos e não têm preponderância para o ritmo do texto. Contudo, é importante
conhecer-lhes o uso:
Hífen
- é usado para unir palavras compostas, e na colocação de pronomes átonos.
Ex:
Guarda-chuva, mandaram-no
Apóstrofo
- usa-se para realizar contrações, principalmente, com a preposição
"de".
Ex:
Pureza d'alma, d'Oliveira
SEPARAÇÃO DE SÍLABAS
Separar
as sílabas constitui assunto bastante simples. Basta estar atento às seguintes
normas:
1.Os Hiatos devem sempre ser separados.
Ex. Re-estruturar, Sa-ir, Gra-údo.
2.
Jamais se separa os Ditongos e Tritongos.
Ex:
Se-rei-a, Pa-ra-guai, Ó-pio
3. Separa-se as letras geminadas.
Ex: Cor-rer, Coc-ção, Os-so
4. Se
seguidos por consoante, os prefixos dis, in, ad, trans, ex, bis e sin mantêm-se.
Ex: Ad-vocar, Dis-tender, In-tegrar, Trans-ferir,
Bis-neto, Sín-deto
PRONOMES DE TRATAMENTO
Utilizar
os pronomes de tratamento é relativamente fácil. O mais importante é estar
atento à concordância que deve existir entre os pronomes pessoais e os
possessivos que lhe são correspondentes. Acompanhemos o seguinte quadro:
Pronome da 3a
pessoa
Você, o Sr., V. Exa, V.A., V.M., V.Ema, V. Revma,
etc.
Pedem o uso de
Se, a
Si, de Si, Consigo, Seu, Sua, Seus, Suas, Lhe. Lhes, O, A, Os, As
Exemplos:
Vocês podem aproximar-se.
V.Em'
se reportará
ao fato.
Pronomes da 2a pessoa do
singular
Tu
Pede
o uso de
Te, a
Ti, de Ti, Contigo, Teu, Tua, Teus, Tuas
Exemplos:
Tu sentar-te-ás ali.
Conhece-te e a teus opositores
Pronome da 1a pessoa do
plural
Nós
Pede
o uso de
Nos, a Nós, de Nós, Conosco,
Nosso, Nossa,.Nossos, Nossas
Exemplos:
Nós
nos entregamos
a excessos.
Nós abdicaremos de nossos
direitos.
Pronome
da 2a pessoa do plural
Vós
Pede o uso de
Vos, a Vós, de Vós, Convosco,, Vosso, Vossa, Nossos,
Nossas
Exemplos:
Vos entregastes a vossas fraquezas
A vossos pais tudo deveis.
O
Pronome Consigo
Os equívocos na utilização deste pronome são comuns.
Por ser um pronome reflexivo da 3a pessoa, ele só pode se referir à pessoa que
fala, jamais à pessoa com quem se fala. Dessa forma, será um uso correto do
pronome:
Ele
levou a mágoa consigo.
Em oposição a este caso, está inadequado o uso do
seguinte exemplo:
Nós iremos consigo à reunião.
OBS: Neste caso, a frase correta seria: nós iremos com
o senhor à reunião.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Em
língua portuguesa, os acentos gráficos podem ser tônicos, que implicam qual sílaba funciona como tônica, e prosódicos, através dos quais podemos
discernir sobre a modulação das vogais. Em alguns casos, ambos os acentos podem
estar ern um mesmo vocábulo. Vamos acompanhar as principais regras de
acentuação. 1. Todos os vocábulos "proparoxítonos" são acentuados:
Ex:
Música, ártico, público
2. São acentuadas as palavras oxítonas que terminem em
a, e, e o, ainda que estejam seguidas de s.
Ex: Cará, café, avô
3. As
palavras paroxítonas que terminem em i ou
u, estejam ou não seguidas de s, recebem acento agudo se na sílaba
tônica aparecerem a, e, o (abertos),
i ou u.
Ex:
Júri, lápis
OBS.:
Se nas sílabas tônicas, estiverem e ou
o (fechado) ou a, e e o seguidos de m ou n, será utilizado o acento circunflexo.
Ex:
Dândi, bônus
4.
Quando aparecer u tônico, precedido
de g ou q, ele deverá ser acentuado.
Ex:
Argúi, averigúe
5. Em palavras oxítonos terminadas em em ou ens, que contenham mais de uma sílaba, acentua-se o e.
Ex:
Também, reféns
6. O i e o
u tônicos são acentuados.se não
estiverem formando ditongo com a vogal anterior.
Ex:
Prejuízo, saúva, saí
7. São acentuados os ditongos éi, éu e ói.
Ex: Quartéis, menestréu,
idéia.
8. É acentuado o penúltimo o fechado do hiato oo, esteja
ou não seguida de s, se a palavra
for paroxítona.
Ex:
Magôo, vôos
9. Em palavras paroxítonas finalizadas em l, n, r e x, as vogais da penúltima sílaba são acentuadas.
Ex:
Âmbar, provável, pólen, córtex
OUTRAS SITUAÇÕES DE
ACENTUAÇÃO
1. A1ém de indicar a
nasalização de uma sílaba, o til serve
como acentuação tônica, exceto se houver outro sinal na mesma palavra.
Ex.: Pões, pirão, xamã.
OBS:
Se a sílaba que contiver o til não
for a tônica, esta deverá ser necessariamente acentuada.
Ex: Órfão,
órgão
2. O trema também pode ser considerado um
acento, pois indica que o u, vindo
após q ou g, forma um hiato com as vogais e e i.
Ex: Tranqüilo, conseqüência,
agüentar.
OBSERVACÃO FINAL
Algumas
palavras são acentuadas para se diferenciarem, de outras com grafia idêntica. É
o caso dos vocábulos citados abaixo:
Ex: Às (substantivo
masculino)- diferenciando-se de às (craseado)
pára (verbo)- diferenciando-se de para (preposição)
pélo (verbo) -
diferenciando-se de pelo (contração
por + o)
USO DOS PRONOMES
Na
fala coloquial, é comum iniciarmos frases pelos pronomes me, te, se, lhe, lhes, nos, vos, o, a, os, as. Mas no bom uso
escrito da língua portuguesa tal pratica não é aconselhável. Assim:
Espero-a
com ansiedade. E não A espero com ansiedade.
A
observação de alguns casos evitará esses equívocos:
1. Se
o verbo vier precedido dos pronomes relativos quem, que, qual, cujo, onde, como e quando, o pronome deve ser usado antes dele.
Ex: Aquele que se conscientiza evita erros
2.
Essa mesma anteposição do pronome deverá ocorrer se for negativa a oração.
Ex:
Não o espere por muito tempo
3. Os
pronomes devem estar situados depois do verbo, se este estiver no infinito, e
se vier precedido de auxiliar.
Ex: Desejamos conduzi-lo ao local exato
4. O
pronome será usado depois do gerúndio, se este for seguido de particípio.
Ex: As pessoas foram-se dispersando
5. Se
os verbos estiverem conjugados no futuro do presente e no futuro do pretérito,
deve-se usar os pronomes de forma mesoclítica.
Ex: dir-te-ei
ao invés de eu direi-te
6. O
pronome oblíquo estará depois do verbo, sempre que os verbos estiverem no
imperativo.
Ex: Leve-o com você'
Explique-se com clareza
OBSERVAÇÃO:
A
ordem de colocação do pronome oblíquo será facultativa, quando o infinitivo
estiver regido de outras preposições.
Ex: Tentei precaver-me contra isso.
ou
Tentei-me
precaver contra isso.
USO DO PRONOME SE
Muitas
discussões entre os estudiosos têm sido provocadas graças à utilização do
pronome se. Isso ocorre porque ele é
uma variante do pronome ele, na
maioria dos casos empregado como objeto direto. Mas o pronome se pode também desempenhar uma série de
outras funções, como veremos a seguir.
1. Uso
como objeto direto:
Nos
verbos pronominais, o se aparece
como uma partícula intrínseca. Nesse caso, ele é inseparável do verbo e é
comumente chamado de pronome reflexivo.
Ex: O
homem apoiou-se na grade.
2. Uso
como objeto indireto:
Já
neste caso, o se será equivalente a si mesmo, para si mesmo.
Ex:
Ele arroga-se das obrigações.
OBS:
ele arroga a si mesmo...
3. Uso como pronome apassivador:
O se é um pronome apassivador quando ele
contribui para que uma oração, cujo verbo admite objeto direto, seja formulada
na voz passiva.
Ex: Vendem-se apartamentos.
Neste
exemplo, a oração também poderá ser apartamentos
são vendidos.
OBS:
Se o verbo for transitivo indireto, isto é, se ele pedir um complemento
preposicionado, não será possível construir a oração na voz passiva, uma vez
que o sujeito é indeterminado. Nesta situação, o se é chamado pronome
apassivador impessoal. Vamos alguns exemplos:
Trafega-se
em alta velocidade
Assiste-se
aos jogos regularmente.
Para alguns gramáticos, o se usado como pronome
apassivador impessoal deve ser considerado o sujeito da oração, já que ela não é realmente convertida em
passiva.
4. Uso
como partícula de realce
0 se, nesse
caso, é utilizado apenas com o intuito de enfatizar uma determinada situação.
Nessa circunstância, ele poderia mesmo ser dispensado.
Ex: Elas foram-se em velocidade = Elas foram em
velocidade.
USO DO PRONOME LHE
Sem
dúvida, o pronome lhe reúne as
maiores incidências de equívocos na sua colocação. Mas observando os casos que
aqui apontaremos não se terá maiores problemas. Primeiramente, é preciso
considerar que o lhe, um oblíquo
da pessoa, equivale aos pronomes retos o e a.
Sendo assim, o lhe
só deve ser utilizado quando o verbo pedir objeto indireto. Vamos
acompanhar alguns casos:
1. Enviei-lhe uma mensagem.
O verbo enviar pede
um objeto indireto (quem envia, envia algo a alguém).
2. Sou-lhe grato pelo auxílio.
Nesse caso, o verbo ser está acompanhado de um
termo no particípio, que pede um complemento indireto (ser grato). Se é
grato a alguém, por isso o uso do lhe.
Para uma melhor compreensão, vamos citar alguns
exemplos onde, ao invés do lhe, devem ser empregados a ou o.
1.Prezo-o com todo fervor.
O verbo prezar não pede complemento através de
preposição.
2.Enganá-la seria um erro.
Aqui, o pronome a (substituído pelo objeto la)
completa o verbo enganar, que é transitivo direto.
CASOS COMUNS DE EMPREGO ERRADO DO LHE
1. Fico feliz toda vez que lhe encontro.
Encontrar pede objeto direto (encontrar alguma coisa). Por isso,
o uso correto deveria ser fico feliz
toda vez que o encontro.
2. Nós
lhe tomamos em conta de responsável.
Novamente,
o equívoco neste caso se dá por que o verbo solicita um objeto direto. Nesse
caso, o uso correto deveria ser nós o
tomamos em conta de responsável.
A CRASE
Ocorre
a crase quando dois sons vogais idênticos fundem-se em um só. Os casos mais
comuns de crase são os da fusão da preposição a com o artigo a. Para empregar
corretamente a crase, basta estar atento a algumas regrinhas:
1.
Sempre que for possível empregar ao antes
de um termo masculino, deve-se utilizar a crase, no caso feminino
correspondente.
Ex:
Vamos à cidade (no caso masculino, poderíamos dizer vamos ao baile).
2.
Antes de expressões de tratamento, jamais se deve empregar a crase. Vejamos
alguns exemplos:
O convite foi feito a Vossa Alteza.
A carta se refere a Vossa Senhoria.
OBS: A
única exceção neste caso se encontra com os pronomes de tratamento senhora e senhorita, antes dos quais utilizamos a crase.
3.
Quando um substantivo admitir o artigo, a crase devera ser empregada.
Ex:
Vou à França.
OBS:
Se o substantivo fosse, por exemplo, Minas Gerais, não seria utilizada a
crase,já que não se diz a Minas Gerais é um grande estado.
4. Não
se utiliza crase antes de termos de significação indefinida, tais como um, certo, qualquer, algum, cada etc.
Ex:
Não entregue a chave a qualquer pessoa.
5. Se
a palavra casa estiver significando
residência, e estiver precedida de verbo que indique movimento, não é prescrita
a utilização da crase.
Ex:
Irei a casa logo que puder.
6. Também não se deve empregar a crase antes dos
pronomes relativos que e cuja.
Ex: Eis o local a que me reportei.
7. Não
se deve usar a crase em expressões de palavras repetidas.
Ex:
Face a face, frente a frente.
8.
Utiliza-se a crase, quando a palavra moda
estiver oculta antes de um substantivo.
Ex:
Bife à milanesa (à moda de Milão).
OBSERVACÃO
FINAL:
A
crase pode ser facultativa se estiver precedendo a um pronome possessivo.
Ex: Estou a sua
disposição ou Estou à sua
disposição.
CASOS DE CONCORDÂNCIA
1. Do Verbo com o Sujeito
Como regra básica está a concordância do verbo como
sujeito (eu amo, eles amam). Observemos os casos de maior incidência de equívocos.
a) se os sujeitos estiverem na 3a pessoa do singular,
e forem precedidos por verbo, este deverá ficar
na 3a pessoa do singular ou 3a do plural.
Ex: Cairá o telhado e a parede com
violência.
ou
Cairão o telhado e a parede
com violência.
b) o número
do verbo será facultativo, se dois ou mais sujeitos estiverem unidos pela preposisão
com.
Ex: Dirija-se você com seus familiares ao
local.
Dirijam-se
você
com seus familiares ao local.
c)
também será facultativo o número do verbo, se os vários sujeitos estiverem
interligados pela conjunção nem.
Ex:
Nem eu nem você merece o prêmio.
ou
Nem eu nem você merecemos o prêmio.
d) o pronome
relativo quem, quando se refere ao
pronome da 1a pessoa do singular (sujeito), conduz o verbo a 3a pessoa do
singular.
Ex: Sou eu quem o diz.
e) no uso das expressões um e outro e nem um nem
outro o verbo vai tanto para o plural quanto para o singular.
Ex: Nem um nem outro está convencido disso.
ou
Nem um nem outro estão convencidos disso.
f) no
caso de o sujeito ser um substantivo coletivo e estar seguido de complemento no
plural, o verbo deverá ir para o plural ou para o singular, conforme o sentido.
Ex: Um
cardume de peixes surge de repente.
Um cardume de peixes buscavam alimento.
2. Do
Adjetivo com o Substantivo
A
concordância entre esses termos se dará em gênero e número. Os casos mais
comuns são os seguintes:
a) com
adjetivos compostos apenas o segundo termo vai para o feminino.
Ex: A filosofia austro-húngaro. A poesia
luso-francesa.
b) havendo substantivos de gêneros diversos, que
estejam no singular, usa-se o adjetivo no masculino plural.
Ex: A mente e o corpo contaminados.
c) os
nomes de cor que estejam seguidos de substantivo ou adjetivo não variam.
Ex:
Camisas azul-piscina, cabelos castanho-escuro.
PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
São
muito comuns os deslizes cometidos na passagem para o plural dos termos
compostos. Para evitá-los, é suficiente seguir os seguintes casos:
1. Apenas o último elemento varia
a) nos
compostos onde os termos se juntaram:
Ex:
Fidalgos, madrepérolas, aguardentes.
b) em
compostos formados com os termos grão, grã e bel:
Ex:
Grão-vizires, grã-cruzes, bel-prazeres.
c)
compostos que sejam formados de verbo + palavra invariável, seguida por
substantivo ou adjetivo:
Ex:
Furta-cores, pára-raios, alto-falantes.
d) nos
com postos formados por três ou mais elementos, desde que o 2o elemento não
seja uma preposição.
Ex:
Bem-te-vis.
c) nos
compostos onomatopaicos, isto é, que denotam sons de coisas:
Ex:
Reco-recos, Tim-tins.
2. Apenas o Primeiro Elemento varia
a) nos
substantivos compostos que contenham preposição, esteja ela evidente ou
subentendida.
Ex:
Pés-de-moleque, mulas-sem-cabeça.
b) em
compostos, em que o segundo termo expressa idéia de semelhança ou fim.
Ex:
Navios-escola, peixes-boi (=semelhante a boi).
3.
Lado em que ambos os termos variam
Nos
compostos que sejam formados de:
a)
dois substantivos - cartas-bilhetes
b)
substantivo + adjetivo - amores-perfeitos
c)
adjetivo + substantivo - segundas-feiras
4. Casos em que se admite mais de um plural
Frutas-pão - fruta-pães
Padres-nossos
- padre-nossos
Salvos-condutos - salvo-condutos
5. Os termos permanecem invariáveis:
a) em frases substantivas: os disse-me-disse, os
bumba-meu-boi
b) em
compostos de verbo e palavra invariável: os cola-tudo, os ganha-pouco.
c) em
compostos de verbo de sentido oposto: os leva-e-traz, os vai-volta.
VERBOS IRREGULARES
Verbos
irregulares são aqueles que não obedecem ao padrão de conjugação. Não há,
portanto, como estabelecer normas que facilitem seu uso.
Apresentamos
lista de verbos que mais causam embaraços na sua conjugação.
Verbo Crer
Ind.
pres.: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Imperfeito:
cria, crias, cria, etc.
Pret.
perf.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.
M.-q.-perf.:
crera, creras, crera, etc.
Subj.
pres.: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Imperfeito:
cresse, cresses, cresse, etc.
Verbo
Valer
Ind. pres.: valho, vales, vale, etc.
Pret.
perf: vali, valeste, valcu, valemos, valestes, valeram.
Subj.
pres.: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Imperfeito:
valesse, valesses, valesse, etc.
Verbo
Prover
Ind.
pres.: provejo, proviso provê, provemos, provedes, provêem.
Pret.
perf: provi, proveste, proveu,
provemos, provestes, proveram
M.-q.-perf:
provera, proveras, provera, etc.
Subj.
pres.: proveja, provejas, proveja, etc.
Imperfeito: provesse, provesses, provesse, etc.
Fut. subj.: se eu prover, proveres, prover, etc.
Verbo
Ferir
Ind.
pres.: firo, feres, fere, ferimos,
feris, ferem
Imperfeito:
feria, ferias, feria, etc.
Pret.
perf : feri, feriste, feriu, ferimos,
feristes, feriram
M.-q.-perf:
ferira, feriras, ferira, etc.
Fut. do pres.:
ferirei, ferirás, ferirá, etc.
Fut. do pretérito: feriria, feririas. feriria, etc.
Imperativo:
fere, feri.
Subj. pres.: fira,
firas, fira, firamos, firais, firam.
Imperfeito: ferisse,
ferisses, ferisse, etc.
Fut. subj.: se
eu ferir, ferires ferir, etc.
Verbo
Frigir
Ind. pres.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis,
fregem
Imperativo: frege, frigi.
Subj. pres.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais,
frijam.
Particípio: frigido e frito.
Verbo
Pedir
Ind.
pres.: pego, pedes, pede, pedimos,
pedis, pedem.
Subj.
pres.: peça, peças, peça, peçamos, peçais, pegam
Verbo
Ir
Ind. pres.: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
Imperfeito. ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
Pret. perf.: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
M.-q.-perf.: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Verbo
Vir
Ind.
pres.: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Imperfeitos: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis,
vinham.
Pret. perf.: vim, vieste, veio, viemos, viestes,
vieram.
M.-q.-perf: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis,
vieram.
Imperativo: vem tu, vinde vós.
Subj.
pres.: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Imperfeito:
viesse, viesses, viesse, etc.
Fut.
subj.: se eu vier, vieres, vier, etc.
Verbo
Pôr
Ind.
pres.: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.
Imperfeito:
punha, punhas, punha. etc.
Pret.
perf : pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram
M.-q.-perf.:
pusera, puseras, pusera, etc.
Fut.
do pres.: porei. porás, porá, etc.
Fut.
do pret.: poria, porias, poria, etc.
Subj. pres.: ponha, ponhas, ponha, etc.
Imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, etc.,
PLURAIS
DE SUBSTANTIVOS QUE COSTUMAM CAUSAR DÚVIDAS
abdômen
- abdomens, abdômenes
alão -
alões
álcool
- álcoois
aldeão - aldeões, aldeãos e aldeães
alferes - alferes
ancião - anciões, anciãos e anciães
artesão - artesões
bênção- bênçãos
cânon -cânones
capitão - capitães
caráter - caracteres
certâmen
- certamens e certâmenes
charlatão
- charlatães
cidadão
- cidadãos
corrimão - corrimãos
cortesão - cortesãos
cós- coses
cristão
- cristãos
dólar-
dólares
ermitão
- ermitães
escrivão - escrivães
faisão - faisões
folião- foliões
guardião - guardiões
líquen - líquens. líquenes
mal - males
mel - meles, méis
real – réis
ureter - ureteres
vilão - vilões c vilãos
FEMININOS
DE NOMES QUE CAUSAM EMBARAÇOS
abade
- abadessa
aldeão
- aldeã
ancião
- anciã
ateu -
atéia
ator -
atriz
barão - baronesa
bode - cabra
cantor - cantora
carneiro
- ovelha
castelão
- castelã
conde
- condessa
czar -
czarina
diácono
- diaconisa
duque
- duquesa
elefante - elefanta, aliá
embaixador - embaixatriz
ermitão – ermitoa
escrivão – escrivã
frade – freira
frei – soror
genro – nora
gigante – giganta
herói – heroína
javali – javalina
juiz – juíza
ladrão – ladra
macho, mulo – mula
monge – monja
pardal – pardoca, pardaloca, pardaleja
perdigão – perdiz
tabaréu - tabaroa
CASOS ESPECIAIS DE COLETIVOS
alcatéia
- lobos
arquipélago - ilhas
banda - músicos
bando - vagabundos
cabido - cônegos
cáfila - camelos
cardume - peixes
concílio - bispos
conclave - cardeais
congregação - professores
elenco - atores
enxame
- abelhas
fato -
cabras
malta - desordeiros
matilha - cães
quadrilha - ladrões
rebanho - ovelhas
repertório - peças de teatro
resma - papel
réstia - cebolas, alhos
súcia - velhacos
vara - porcos
ALGUNS
ADJETIVOS GENTÍLICOS OU PÁTRIOS
Abissínia
- abexim, abissínio
Acádia
- acadiano, acádio
Águas
da Prata - aquaplatense
Alasca
- alasquenho
Algarve
- algarvio
Beirute
- beritense
Belém
- belenense
Belém (Judéia) - belemita
Bizâncio - bizantino
Braga - bracarense
Brasília - brasiliense
Buenos Aires - portenho
Cádis - gaditano
Cairo - cairota
Ceilão
- cingalês, cingalense
Chaves
- flaviense
Chipre
- cipriota
Coimbra
- conimbricense, coimbrão
Coração
de Maria - cordimariano
Córsega
- corso
Douro
- duriense
Madagáscar -
malgaxe
Málaga - malaguenho
Três Corações - tricordiano
CASOS
DE BARBARISMO
Barbarismo
é qualquer uso da língua, que se desvie da norma culta. Esses equívocos podem
ser gráficos ou fonéticos. Observemos os mais comuns.
EXEMPLOS DE BARBARISMOS GRÁFICOS
Formas
erradas - Formas certas
abisolutamente
– absolutamente
ademitir
– admitir
adequerir
- adquirir
adevir
- advir
adevogado
- advogado
apropiado
- apropriado
areoplano
- aeroplano
arimética
- aritmética
beneficiência
- beneficência
bisorro
besouro
buletim
- boletim
cabelereiro
- cabeleireiro
carangueijo
- caranguejo
carramanchão
- caramanchão
celilóide
celulóide
corador
- coradouro
degladiar
- digladiar
dentrifício
- dentifrício
desiguinar
- designar
desinteria
- disenteria
dignatário
- dignitário
enguento
- ungüento
entravado
- entrevado
estalado
(ovos) - estrelados
exodo
- êxodo
exprobar
- exprobrar
fraticídio
- fratricídio
frustar
- frustrar
idoniedade
- idoneidade
ilucidar
- elucidar
inflingir
- infligir
iracivel
- irascível
largato
- lagarto
mindingo
- mendigo
mindoim
- amendoim
mortandela
- mortadela
obívio
- óbvio
opróbio
- opróbrio
paralepípedo
- paralelepípedo
piru -
peru
prescrutar
- perscrutar
previlégio
– privilégio
procastinar - procrastinar
propietário - proprietário
prostação - prostração
rúbrica - rubrica (brí)
sastifeito - satisfeito
subistantivo - substantivo
terebentina - terebintina
EXEMPLOS DE BARBARISMOS FONÉTICOS
Formas erradas - Formas corretas
agape (gá) - ágape
álea alea (Ié), - aléia
alibi (bí)- álibi
ambrosia (sí) - ambrósia
ariete (ête) - aríete
ávaro -avaro (vá)
azíago - aziago (ágo) ,
bátavo - batavo (tá)
boemia(í) - boêmia
cafila (í) - cáfila
cafrária - cafraria (rí)
cúpido (amor) - cupido (pí)
décano - decano (câ)
élite - elite (Ií)
estádia (permanência) - estadia (día)
estrategia (í) - estratégia
exodo(xô) - êxodo
filântropo - filantropo (trô)
flórido (em flor), - florido (ri)
íbero - ibero (bé)
improbo (pró) - ímprobo
impúdico - impudico (dí)
ináudito - inaudito (dí)
incubo (ú) - incubo
ínfido - infido (fi)
interim (rim) - ínterim
irrito - írrito
levedo (vê) - lêvedo
líbelo - libelo (bé)
Lucifer (fér) - Lúcifer
Luciferes (fé) - Lucíferes
nóvel - novel (vél)
ópimo - opimo{pí)
pégada - pegada (gá)
próvido (prevenido) - provido (ví)
púdico pudico(dí)
refem (ré) - refém
rúbrica - rubrica (brí)
simúlacro - simulacro (lá)
válido (protegido) - valido (Ií)
vênera - venera (né)
APÊNDICE 1:
TELEGRAMAS
O telegrama é o meio de comunicação escrita que
permite o envio de mensagens de forma bastante rápida. As partes do telegrama
são:
- Destinatário: consta de nome do destinatário,
endereço completo, CEP, cidade e Estado. Muitas empresas possuem endereço
telegráfico, que consiste em uma sigla, que em geral está indicada no impresso.
Em caso do uso do endereço telegráfico, dispensa-se o nome do destinatário e
endereço. Escreva apenas o endereço telegráfico, cidade e Estado.
- Texto: deverá ser objetivo, claro e breve.
- Remetente: consta de nome e endereço completo do
expedidor, inclusive telefone.
Também é importante atentar para as regras básicas de
um telegrama:
- Os dados necessários são: nome e endereço completo
do destinatário, inclusive CEP; mensagem; nome e endereço do remetente.
- O telegrama deve ser datilografado com letras maiúsculas,
com o mínimo de espaço entre cada palavra.
- Evite a palavra "não", substituindo-a por
outras expressões.
- Procure adotar palavras curtas, visto que o custo de
um telegrama é calculado por palavras de até 10 letras.
- Para diminuir o custo da mensagem, evite a colocação
de artigos, conjunções e preposições.
- Os acentos não aparecem nos telegramas.
- Para evitar confusão entre palavras com a mesma
grafia, significado diferente e acento agudo na última letra, pode-se
acrescentar a letra H para simbolizar o acento. (Exemplo: "poderá"
fica representado por "poderah").
- Caso a palavra seja grafada com TIL, substitua-o
pela letra N. (Exemplo: "amanhã" fica representado por "amanhan
").
- A fim de evitar confusão entre a conjunção E e a
forma do verbo ser É, usa-se ET.
- Os sinais de pontuação também não são usados em
telegramas: devemos usar as abreviaturas correspondentes a cada sinal. A seguir
temos a relação destas abreviatura:
SINAL - ABREVIATURA
Ponto final – PT
Vírgula – VG
Ponto e vírgula – PTVG
Dois pontos – BIPTS
Ponto de interrogação – INT
Ponto de exclamação – ESCL
Abrir aspas – ABRASPAS
Fechar aspas – FECHASPAS
APÊNDICE
2: FORMAS DE TRATAMENTO
Destinatário
|
Tratamento
|
Forma
|
No envelope
|
Vocativo
|
Presidente da
república,
da Câmara de
Deputados, do Senado,
do Supremo, do
Tribunal Federal;
Reitor de
Universidade;
Ministros de
Estado; Senadores;
Deputados; Oficiais
Generais;
Embaixadores; etc.
|
Excelência
|
Sua ou Vossa
Excelência
|
Ao Excelentíssimo
Senhor
|
Senhor (+ título)
|
Juízes de Direito
|
Excelência
|
Sua ou Vossa
Excelência
|
Excelentíssimo
Senhor
|
Meritíssimo Juiz
|
Sacerdotes
|
Reverendo
|
Sua ou Vossa
Reverendíssima
|
Reverendo Padre
|
Reverendo Padre
|
Bispos e Arcebispos
|
Excelência
Reverendíssima
|
Sua ou Vossa
Excelência
Reverendíssima
|
A Sua Excelência
Reverendíssima
D..., Bispo de...
|
Senhor (Arce) Bispo
Excelentíssimo e
Reverendíssimo
Senhor
Bispo
|
Cardeais
|
Eminência
|
Sua ou Vossa
Eminência
|
A Sua Eminência
|
Senhor Cardeal
|
Papa
|
Santidade
|
Sua ou Vossa
Santidade
|
A Sua Eminência
|
Santíssimo Padre
|
APÊNDICE 3: ABREVIATURAS
Apartamento – ap. ou
apto
Remetente – Remet.
Limitada - Ltda
Sociedade Civil –
S.C.
Sociedade Anônima –
S.A
Exemplo – ex(s).
Engenheiro
– eng.
Comandante
– Com.
General
– Gen. (e não Gal.)
Marechal
– Mart. (e não Mal.)
Coronel
– Cel.
Bacharel
– Bel.
Brigadeiro – Brig.
Doutor – Dr.
Doutora
– Drª.
Doutores
– Drs.
Ilustríssimo – Ilmo.
Excelentíssimo - Exmo
Júnior – Jr.
Professor
–Prof.
Professora
– Profª.
Excelência
- Exa.
Digno,
Dom - D.
Dona –
Dª.
Digníssimo – DD.
Eminentíssimo – Emno.
Eminência – Emª.
Irmão – Ir.
Meritíssimo – MM.
Padre – Pe.
Post Scriptum (=
depois de escrito) – P.S.
Alteza Imperial –
S.A.
Sua Excelência –
S.Exª.
Sua Santidade – S.S.
Sua Senhoria – S.Sª.
Reverendíssimo –
Revmo.
Vossa Senhoria –
V.Sª. (e não V.Sa)
Vossas
Senhorias – V.Ssª
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