CAMÕES
Joaquim Nabuco
Senhor,
Senhora,
Minhas Senhoras e meus
Senhores,
Quando no
dia 10 de Junho de 1580, Luís de Camões expirava em Lisboa, na mais completa
miséria, ao desamparo de todos, abandonado até de si mesmo, se alguém lhe
dissesse que ele só morria para ficar imortal, talvez que o Poeta, esmagado
como o Gladiador pelo seu próprio destino, sem que no vasto Anfiteatro uma voz,
um gesto, um olhar, pedisse compaixão para ele, afastasse com indiferença essa
esperança de uma vida que não é mais do homem, mas tão-somente do seu gênio e
da sua obra.
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